Autor:
LEVY MÜLLER JÚNIOR
Orientador: LUIZ FERNANDO DE CARLI LAUTERT
Palavras Chaves: Filosofia Bens Comuns Meio ambiente Ecopedagogia Grupo focal Ciências ambientais Ensino médio
Linha de Pesquisa: Ambiente e Sociedade
Projeto Estruturante: Não informado
Instituição: PROFCIAMB UFPR
Ano: 2018 |
Resumo:
A presente dissertação procura ressaltar a importância da valorização dos bens comuns para a sociedade e relatar duas experiências de ensino-aprendizagem onde o tema foi desenvolvido a partir das aulas de ética na disciplina de Filosofia. Após a introdução, a primeira parte da dissertação desenvolve mais a perspectiva teórica do projeto, ou seja, o tema é apresentado e contextualizado a partir da leitura do livro “Beni Comuni” do jurista italiano Ugo Mattei. O autor enfatiza, entre outras coisas, que a ideia de bens comuns (apresentados como algo que tem natureza relacional, e todos têm o direito de usufruir deles) precisa ser resgatada e difundida. Quando as pessoas de uma maneira geral valorizarem a água, por exemplo, enquanto bem comum, então será inconcebível a privatização das companhias de abastecimento. Na segunda parte da dissertação, voltada para a prática, tem-se o relato de dois momentos (duas experiências feitas em escolas públicas no município de Guaratuba/PR) onde o projeto foi aplicado. O caminho mais adequado para a valorização dos bens comuns pode ser obtido através do “parto das ideias” que Sócrates propôs com seu modo de fazer filosofia. O trabalho também apresenta uma proposta de protocolo didático (ou sequência didática) para os professores que queiram aplicar esta ideia em outros contextos e adaptá-la de acordo com as necessidades locais. Estas experiências foram denominadas “Projeto Bens Comuns”, pois visavam desenvolver nos discentes a perspectiva de que os recursos naturais são bens comuns e precisam ser tutelados por todos (enquanto ato ligado ao conceito de cidadania). A partir das aulas de filosofia que abordavam ética foi possível desenvolver um debate utilizando o modus operandi de Sócrates, ou seja, o “parto das ideias” onde o interlocutor expressa o que realmente pensa e não simplesmente repete o que as convenções sociais sugerem. Dentro deste contexto os alunos puderam também realizar cartazes para ilustrar os seus pensamentos e sua pesquisa. O mais importante deste processo é desencadear no aluno a perspectiva de que a reflexão desenvolvida durante a aula de filosofia precisa influenciar e aperfeiçoar a prática no cotidiano. |
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